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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky concordou em se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin na Turquia na quinta-feira para possíveis negociações de paz, marcando o que seria o primeiro encontro presencial entre eles desde o início da invasão russa há mais de três anos, após Putin ignorar os apelos do Ocidente por um cessar-fogo de 30 dias e, em vez disso, propor negociações diretas sem pré-condições.
Em uma intervenção diplomática dramática, o presidente Donald Trump pressionou tanto a Ucrânia quanto a Rússia a participarem de negociações diretas de paz, independentemente da exigência prévia da Ucrânia por um cessar-fogo. “A Ucrânia deve concordar com isso, IMEDIATAMENTE”, declarou Trump em sua plataforma Truth Social após Putin rejeitar a exigência de cessar-fogo da Ucrânia, mas oferecer negociações diretas na Turquia.1 A frustração de Trump tem sido evidente ao afirmar: “FAÇAM A REUNIÃO, AGORA!!!” Essa abordagem marca uma mudança significativa em relação à política anterior dos EUA, com Trump disposto a ignorar as condições da Ucrânia para acelerar o processo de paz.
A estratégia diplomática de Trump evoluiu rapidamente desde que assumiu o cargo em janeiro de 2025. Inicialmente, ele pediu um “cessar-fogo incondicional de 30 dias” entre as partes em conflito em 8 de maio, ameaçando impor sanções adicionais caso fosse violado. Quando isso não se concretizou, Trump passou a apoiar negociações diretas sem pré-condições, criando tensão com aliados europeus que insistem que “a Ucrânia e a Europa devem fazer parte de qualquer negociação.” A administração também tomou medidas controversas, incluindo a suspensão da assistência militar à Ucrânia em março de 2025 e a realização de conversas bilaterais com a Rússia sem representação ucraniana.
As conversações de paz propostas em Istambul representam as primeiras negociações diretas potenciais entre Rússia e Ucrânia desde março de 2022, pouco depois do início da invasão em grande escala. Putin sugeriu retomar as conversas na cidade turca onde negociações preliminares já haviam ocorrido anteriormente, com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan expressando total apoio e prontidão para “oferecer uma plataforma” e “toda assistência possível” para as discussões. A proposta surgiu em meio ao aumento da pressão internacional, com líderes europeus visitando Kiev para pressionar por um cessar-fogo incondicional de 30 dias a partir de segunda-feira, 12 de maio.
As conversas enfrentam obstáculos significativos, com desacordos fundamentais sobre pré-condições. A Ucrânia, apoiada por aliados europeus, insiste em um “cessar-fogo completo e incondicional” antes que uma diplomacia significativa possa começar, enquanto a Rússia rejeitou efetivamente essa exigência, preferindo negociar sem compromissos prévios. O presidente francês Emmanuel Macron caracterizou a proposta de Putin como “um primeiro passo, mas insuficiente”, sugerindo que a Rússia pode estar “procurando uma saída” enquanto tenta “ganhar tempo”. Se a reunião acontecer, ocorrerá tendo como pano de fundo a abordagem diplomática controversa de Trump, que incluiu a suspensão da ajuda militar à Ucrânia em março de 2025 para pressionar Zelensky a negociar.
A exigência de cessar-fogo veio acompanhada de forte pressão sobre Moscou, já que líderes europeus ameaçaram impor “sanções massivas… preparadas e coordenadas entre europeus e americanos” caso a Rússia violasse ou rejeitasse a trégua. Putin descartou efetivamente esse ultimato, propondo em vez disso conversas diretas com a Ucrânia em Istambul no dia 15 de maio, sem pré-condições, sugerindo que um cessar-fogo poderia ser negociado durante essas discussões em vez de antes. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, caracterizou a abordagem dos aliados como “simplista”, insistindo que negociações diretas devem preceder qualquer acordo de cessar-fogo.