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Vítima do crime da mala conheceu suspeito em abrigo

Porto Alegre, RS – A investigação sobre o brutal assassinato de Brasília Costa, de 65 anos, encontrada esquartejada em uma mala na rodoviária de Porto Alegre, revela uma trama de manipulação, frieza e um passado criminoso assustador. O principal suspeito, Ricardo Jardim, de 66 anos, não era um desconhecido para a vítima. Eles se conheceram em um abrigo durante a enchente de junho do ano passado, um encontro que, para Brasília, se provaria fatal.
O caso, tratado como feminicídio, expõe como um homem condenado por matar e concretar a própria mãe foi solto e, em pouco tempo, voltou a cometer um crime com requintes de crueldade, enquanto enganava a todos se passando pela mulher que havia acabado de assassinar.

O Início do Fim: Um Relacionamento em um Abrigo

Brasília Costa, chamada carinhosamente de Bia, era uma manicure divorciada e sem filhos, descrita por pessoas próximas como “reservada”. Sua vida cruzou com a de Ricardo Jardim em um momento de vulnerabilidade coletiva, nos abrigos montados durante as enchentes.
O relacionamento começou e, com ele, o isolamento de Bia. Segundo sua cunhada, Raquel Costa, a manicure, que antes passava os fins de semana com a família, começou a se afastar. “Depois que estava com ele, ela não vinha mais”, relatou. Em uma das últimas visitas, Ricardo teria mandado mensagens pressionando-a para voltar para casa. Ele nunca foi apresentado formalmente à família, alegando ter problemas com seus próprios parentes.

O Histórico de Ricardo: Um Criminoso em Liberdade

O que a família de Brasília não sabia era o passado sombrio de Ricardo. Em 2018, ele foi condenado a 28 anos de prisão por um crime igualmente chocante: matou a própria mãe e escondeu o corpo em uma parede de concreto.
Apesar da pena longa, em 15 de janeiro de 2024, a Justiça autorizou sua progressão para o regime semiaberto. Ele foi liberado no dia seguinte, com a obrigação de usar tornozeleira eletrônica. Contudo, o sistema prisional não tinha o equipamento disponível. Ricardo nunca mais atendeu às ligações para a instalação e, em abril, já era considerado foragido. O mandado de prisão contra ele só foi expedido em fevereiro de 2025, tarde demais para Brasília.

A Execução Fria e Calculada do Crime

A polícia traçou um plano meticuloso por parte de Ricardo para cometer o crime e ocultar sua identidade.
  • Depósito da Mala: No dia 20 de agosto, câmeras da rodoviária flagraram um homem, identificado como Ricardo, deixando a mala no guarda-volumes. O odor forte, 12 dias depois, levou à descoberta.
  • Dificultar a Identificação: O autor do crime removeu as pontas dos dedos da vítima, uma técnica clássica para impedir a identificação por impressões digitais. A cabeça, parte crucial para o reconhecimento, foi a última a ser descartada e ainda não foi encontrada.
  • Enganar a Família: Após o assassinato, Ricardo ficou com o celular de Brasília. Ele continuou enviando mensagens para amigos e familiares, se passando por ela. Essa estratégia foi tão eficaz que ninguém registrou seu desaparecimento.
  • Motivação Financeira: A polícia investiga a motivação financeira como principal hipótese. Comprovantes de transações entre os dois foram encontrados, e há indícios de que ele tentou usar os cartões dela após o crime.

Próximos Passos da Investigação

A prisão de Ricardo é um passo importante, mas o trabalho da polícia está longe de terminar. A prioridade agora é localizar a cabeça da vítima. Essa parte do corpo é essencial não apenas para a identificação formal, mas também para que a perícia possa determinar com precisão a causa da morte.
Paralelamente, os celulares e notebooks apreendidos com o suspeito passarão por uma perícia minuciosa. Os investigadores querem rastrear todas as conversas, movimentações financeiras e pesquisas feitas por Ricardo antes e depois do crime, a fim de montar o quebra-cabeça completo deste caso que expõe as falhas do sistema judicial e a face mais cruel da violência contra a mulher.

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