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Trabalho na velhice: recorde de idosos no mercado atual

O cenário do trabalho na velhice mudou drasticamente no Brasil nos últimos anos. De acordo com um estudo recente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um em cada quatro brasileiros com 60 anos ou mais continua exercendo atividades profissionais. Esse dado revela uma transformação profunda na sociedade, impulsionada não apenas pela necessidade de complementar a renda, mas também pelo aumento significativo da expectativa de vida.

 

Atualmente, o país atingiu um número recorde de idosos na força de trabalho. Consequentemente, as dinâmicas familiares e econômicas estão sendo reconfiguradas. Aposentar-se e parar totalmente de trabalhar já não é a realidade para uma parcela expressiva da população, que busca manter-se ativa por diversos motivos.

 

Crescimento histórico da ocupação sênior

 

Os números apresentados pelo IBGE são contundentes e mostram uma tendência de alta. Em 2024, o Brasil registrou a marca histórica de 8,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais que estão trabalhando. Esse índice representa um crescimento constante desde o ano de 2020. Além disso, no curto período de apenas cinco anos, houve um aumento de quase 5% no número de idosos ativos no mercado.

 

Nesse sentido, é possível observar que a presença grisalha nas empresas e no empreendedorismo está se tornando cada vez mais comum. De fato, a taxa de desemprego nessa faixa etária específica ficou abaixo de 3% no ano passado, o que é um dado surpreendente. Em contrapartida, isso demonstra que, embora existam barreiras, há espaço e demanda para a experiência desses profissionais.

 

Fatores econômicos e a Reforma da Previdência

 

Por outro lado, não se pode ignorar as motivações financeiras que impulsionam o trabalho na velhice. Segundo pesquisadores e especialistas em economia, a Reforma da Previdência Social, aprovada em 2019, desempenhou um papel crucial nesse cenário. A reforma adiou a idade mínima para quem deseja se aposentar, forçando muitos a permanecerem no mercado por mais tempo.

 

Contudo, mesmo aqueles que já conseguiram o benefício da aposentadoria muitas vezes não largam o emprego. Isso ocorre porque cerca de 70% dos benefícios pagos atualmente correspondem a apenas um salário mínimo. Portanto, para muitas famílias, a renda da aposentadoria é insuficiente para cobrir todas as despesas, especialmente com saúde e alimentação, exigindo uma complementação mensal através do trabalho.

 

A busca por pertencimento e longevidade

 

Além das questões financeiras, o aumento da expectativa de vida é um fator determinante. A população brasileira está vivendo mais e com mais saúde. Dessa forma, muitos idosos sentem-se aptos e dispostos a continuar contribuindo produtivamente. O trabalho na velhice, para muitos, torna-se uma fonte de socialização e manutenção da saúde mental.

 

Um exemplo claro dessa tendência é o caso de Dona Laila, de 71 anos. Ela decidiu cursar gestão em turismo e se formou recentemente, aos 68 anos. Atualmente, ela organiza passeios voltados para grupos da sua faixa etária. Segundo ela, a escolha por essa atividade visa ter um sentimento de pertencimento, além, é claro, do retorno financeiro necessário para complementar a renda familiar.

 

O perfil do trabalhador idoso

 

O estudo do IBGE também revela características interessantes sobre como se dá essa inserção no mercado. Uma grande parte desse contingente não está em empregos formais com carteira assinada. Ou seja, muitos atuam como trabalhadores por conta própria ou empreendedores, buscando flexibilidade. Isso permite que conciliem o trabalho com outras atividades típicas dessa fase da vida.

 

Ainda assim, a disposição para aprender e se reinventar é notável. Profissionais como Dona Laila fazem planos para o futuro da carreira e buscam ir sempre mais longe. Consequentemente, o mercado de trabalho precisa começar a olhar para essa força de trabalho não como um peso, mas como um ativo valioso, repleto de experiência e resiliência.

 

Desafios e perspectivas futuras

 

Apesar dos números positivos de ocupação, o trabalho na velhice impõe desafios. É necessário garantir que esses idosos tenham condições dignas de trabalho e que não estejam apenas em situações precárias por falta de opção. A precarização é um risco real, principalmente para aqueles que dependem exclusivamente da informalidade para sobreviver.

 

Portanto, políticas públicas e privadas devem ser pensadas para acolher essa demografia. O envelhecimento populacional é uma realidade irreversível no Brasil. Sendo assim, adaptar o mercado de trabalho para incluir, capacitar e proteger o trabalhador sênior é uma necessidade urgente para o desenvolvimento sustentável da economia nacional.

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