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A tadalafila, medicamento para disfunção erétil, apresenta um crescimento alarmante nas vendas brasileiras. Primeiramente, os dados mostram que para cada comprimido vendido há dez anos, hoje são comercializadas 20 unidades.
Apenas em 2024, foram vendidos 64 milhões de comprimidos do medicamento no país. Consequentemente, este número representa um recorde histórico nas vendas do produto, conforme levantamento exclusivo obtido pelo g1.
“O aumento no consumo não corresponde ao crescimento de diagnósticos de disfunção erétil”, alerta o Dr. Paulo Rodrigues, urologista. Além disso, especialistas apontam que muitos jovens utilizam o remédio sem necessidade clínica.
Saiba mais sobre os riscos da automedicação com tadalafila
O hype nas redes sociais certamente contribui para o aumento expressivo nas vendas. Enquanto isso, influenciadores promovem o uso recreativo do medicamento, popularmente conhecido como “tadala”.
A Anvisa recentemente proibiu a venda da Metbala, uma gominha à base de tadalafila. Evidentemente, o produto era divulgado por influenciadores digitais como potencializador sexual.
“Encontramos milhares de vídeos de jovens relatando usar tadalafila antes de encontros”, revela pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Portanto, o medicamento virou até tema de música com refrão sugestivo sobre desempenho sexual.
A tadalafila surgiu nos anos 2000 para substituir a sildenafila (Viagra). No entanto, muitos usuários desconhecem seu real propósito e funcionamento.
“O medicamento não aumenta o tamanho do pênis, como afirmam alguns influenciadores”, esclarece o Dr. André Meireles, andrologista. Entretanto, ele proporciona ereções mais duradouras em homens com disfunção erétil diagnosticada.
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A facilidade de acesso também preocupa médicos. Por conseguinte, o remédio é vendido sem retenção de receita, o que facilita a automedicação e uso inadequado.
Especialistas afirmam que por trás desse aumento nas vendas está a pressão social por desempenho sexual. Finalmente, isso reflete a insegurança masculina contemporânea.
“Estima-se que cerca de 16 milhões de homens brasileiros sofram com disfunção erétil”, informa a Sociedade Brasileira de Urologia. Contudo, o número de diagnósticos não acompanha o crescimento das vendas.
O psiquiatra Dr. Marcos Antônio explica que “muitos homens usam o medicamento por pressão social, não por necessidade médica”. Assim sendo, a busca pela perfeição sexual se tornou uma obsessão para muitos jovens.
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A tadalafila atua dilatando os vasos sanguíneos do pênis. Logo após, isso permite maior fluxo de sangue, facilitando a ereção em homens com dificuldades.
“O efeito pode durar até 36 horas, diferentemente do Viagra”, compara o farmacêutico Dr. Roberto Campos. Obviamente, esta característica a tornou conhecida como o “remédio do fim de semana”.
Os riscos do uso sem orientação médica são sérios. Sem dúvida, pessoas com problemas cardíacos podem sofrer complicações graves ao utilizar o medicamento sem supervisão adequada.
A reportagem completa está disponível no canal do g1 Bem-Estar. Definitivamente, é importante consultar um profissional de saúde antes de utilizar qualquer medicamento.