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Senador Mourão nega reuniões golpistas com Bolsonaro no STF

Depoimento ao STF como testemunha de defesa

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (23) como testemunha de defesa no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros generais. Durante seu depoimento, Mourão negou categoricamente ter participado de reuniões com Bolsonaro para discutir a decretação de medidas de exceção ou qualquer plano golpista.

Conversas sobre transição pacífica de governo

Mourão afirmou que, após a derrota nas eleições de 2022, as conversas que teve com Bolsonaro foram sempre voltadas para uma transição pacífica de governo, sem qualquer menção a ruptura do Estado democrático de direito. Segundo ele, em nenhum momento Bolsonaro mencionou intenção de adotar medidas que configurassem um golpe. “Em todas essas oportunidades, em nenhum momento, ele mencionou qualquer medida que representasse uma ruptura. As conversas foram voltadas para a transição para que o novo governo assumisse no dia 1º de janeiro”, declarou o senador.

Negativa sobre reuniões golpistas e “minuta do golpe”

O ex-vice-presidente também negou ter conhecimento ou ter participado de reuniões com teor golpista no final do mandato de Bolsonaro. Questionado sobre relatos de uma “minuta do golpe” e reuniões envolvendo militares, Mourão classificou essas informações como “fantasia” e “plano sem pé nem cabeça”. Ele ressaltou que o grupo acusado na investigação é pequeno e formado majoritariamente por militares da reserva, e que não consegue imaginar que tenha havido uma tentativa real de golpe.

Atos golpistas de 8 de janeiro e reação de Mourão

Sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando invasores depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, Mourão afirmou que estava em casa, dentro da piscina, e que tomou conhecimento das invasões pela televisão. Ele disse desconhecer qualquer participação de Bolsonaro ou outros ex-integrantes do governo nesses eventos.

Tentativa de diálogo pós-eleição

Durante o depoimento, Mourão também relatou que tentou conversar com Bolsonaro na noite da eleição para discutir a transição, mas que o ex-presidente estava abatido. No dia seguinte, estiveram reunidos no Palácio do Planalto para tratar da entrega do governo ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. “Bolsonaro estava pronto para entregar o governo para o presidente recém-eleito”, afirmou.

Contexto do processo e papel de Mourão

Mourão não é réu no processo e foi indicado como testemunha de defesa pelos advogados de Bolsonaro e de generais envolvidos na investigação, como Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira. A ação penal, conhecida como Núcleo 1, envolve oito réus acusados de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa armada, e outros crimes, com penas que podem chegar a 43 anos de prisão.

Posicionamento público de Mourão

O senador já havia se manifestado publicamente sobre o caso, classificando a suposta trama como “escrita de bobagem” e “plano sem pé nem cabeça”. Ele também afirmou que sofre ataques nas redes sociais, mas que esses ataques não vêm de seus antigos companheiros do Exército, e sim de grupos radicais presentes no ambiente digital.

Próximos passos no STF

Os depoimentos das testemunhas, incluindo Mourão, fazem parte da fase de instrução da ação penal e devem continuar até o início de junho. Após essa etapa, os réus serão convocados para interrogatório, com datas ainda a serem definidas pelo STF.

Conclusão

Em resumo, o depoimento de Hamilton Mourão reforça a versão da defesa de que não houve planejamento ou intenção golpista por parte de Bolsonaro e seus aliados próximos, e que as conversas entre eles após as eleições foram focadas na transição democrática do governo.

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