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O ex-goleiro Haílton Corrêa de Arruda, conhecido como Manga, faleceu nesta terça-feira (08) aos 88 anos. Ele lutava contra um câncer de próstata. Por fim, estava internado no Hospital Rio Barra, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Manga construiu uma carreira brilhante no futebol brasileiro. No Botafogo, conquistou o bicampeonato carioca em 1961 e 1962. Além disso, ajudou o clube a ganhar seu primeiro Campeonato Brasileiro, em 1968.
No Internacional, o goleiro também deixou sua marca. Lá, foi bicampeão brasileiro em 1975 e 1976. Dessa forma, garantiu seu lugar na história do clube gaúcho.
Na Seleção Brasileira, Manga foi titular na Copa do Mundo de 1966. Portanto, sua carreira foi marcada por grandes conquistas tanto em clubes quanto defendendo as cores do Brasil.
Natural do Recife, Manga nasceu em 26 de abril de 1937. Esta data, posteriormente, seria eternizada como o Dia do Goleiro, em sua homenagem.
Conhecido pelos amigos como “Manguita”, ele começou sua jornada profissional em 1955, no Sport. Logo depois, transferiu-se para o Botafogo, onde atuou entre 1959 e 1968. Neste período, integrou um time histórico ao lado de lendas como Nilton Santos, Didi, Garrincha e Zagallo.
Em 1969, o goleiro mudou de ares e foi para o Nacional, do Uruguai. Lá, conquistou a Libertadores, considerado o título mais importante da América do Sul. Assim, expandiu sua coleção de troféus e seu reconhecimento internacional.
Após sua passagem pelo Uruguai, retornou ao Brasil para defender o Internacional. Neste clube, encantou a torcida colorada e conquistou dois campeonatos brasileiros consecutivos.
Antes de encerrar sua carreira, ainda passou por Operário-MS, Coritiba e Grêmio. Por fim, pendurou as luvas como ídolo no Barcelona de Guayaquil, no Equador.
Manga não era apenas um goleiro seguro, mas também elegante. Suas defesas em cobranças de falta frequentemente estampavam capas de jornais da época. No entanto, uma característica física o diferenciava: seus dedos tortos, especialmente o mindinho, resultado de inúmeras defesas e divididas.
Nos clássicos entre Botafogo e Flamengo, Manga tinha uma frase famosa: “Contra eles o bicho é certo!”. Esta expressão referia-se à gratificação extra pela vitória contra o maior rival, conhecida como “bicho” no meio futebolístico.
Após a confirmação de seu falecimento, Botafogo e Internacional se manifestaram nas redes sociais. Os clubes prestaram homenagens ao ídolo que marcou época em ambas as instituições.
O legado de Manga permanecerá vivo na memória dos torcedores e na história do futebol brasileiro. Afinal, ele foi um dos grandes responsáveis por elevar o nível técnico da posição de goleiro no país.
