Belo Horizonte, MG – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança, nesta quinta-feira (4), o programa “Gás do Povo”. A cerimônia, realizada no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, marca o início de uma nova política social que visa garantir gás de cozinha gratuito para milhões de famílias de baixa renda em todo o Brasil.
O evento também conta com a presença de ministros importantes, como Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). Segundo o governo, a iniciativa representa uma grande ampliação do atual Auxílio Gás.
Quem Terá Direito ao Gás Gratuito?
O principal objetivo do Gás do Povo é expandir o alcance do benefício. Para isso, o programa será direcionado a famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) que possuam uma renda familiar igual ou inferior a meio salário mínimo, ou seja, R$ 759.
Com essa nova modalidade, o número de famílias atendidas dará um salto significativo. Atualmente, o Auxílio Gás contempla 5,4 milhões de lares. A expectativa do governo é que, com o Gás do Povo, esse número chegue a 15,5 milhões de famílias.
O Impacto no Orçamento das Famílias
Ao anunciar a medida, o presidente Lula destacou o impacto do custo do gás no orçamento dos mais pobres. Ele afirmou que muitas famílias chegam a comprometer até 10% de sua renda para comprar um botijão.
“Um botijão de 13 kg sai da Petrobras por cerca de R$ 37, mas chega ao consumidor final custando R$ 140 ou R$ 150”, disse Lula. “Não é justo que uma família pobre precise comprometer parte tão significativa da sua renda para cozinhar”, completou.
Além do alívio financeiro, o programa também busca reduzir os riscos de acidentes domésticos. Muitas famílias, por não conseguirem comprar o gás, recorrem a alternativas perigosas, como álcool, querosene ou carvão.
Como Vai Funcionar o Programa?
Os detalhes finais do Gás do Povo serão divulgados durante o lançamento. No entanto, o ministro Alexandre Silveira já adiantou alguns pontos. A intenção é distribuir 70 milhões de botijões gratuitos por ano em todo o país.
A distribuição será feita de forma “desburocratizada e simplificada”, provavelmente em postos de revenda autorizados. O custo previsto para a execução do programa em 2026 é de R$ 5 bilhões. Por fim, o governo assume a responsabilidade de garantir que as famílias mais vulneráveis tenham condições dignas para cozinhar.