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Um adolescente de 19 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 3, foi encontrado em condições desumanas. O resgate ocorreu nesta terça-feira, 17 de junho, no município de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. A própria Polícia Militar realizou o flagrante.
Segundo a corporação, a denúncia anônima foi essencial para que a equipe chegasse ao local. Na residência, o jovem estava preso dentro de uma espécie de jaula. Além disso, fazia suas necessidades fisiológicas no mesmo espaço onde se alimentava. Ele também permanecia amarrado com uma corda, o que agravava ainda mais a situação.
De acordo com o delegado Leandro Aquino, responsável pela investigação, a cena era de extrema crueldade. O rapaz estava fraco, mal cuidado e visivelmente desnutrido.
Conforme relatos de vizinhos, era comum ouvir gritos vindos da casa. Muitos também sentiam um odor muito forte, o que aumentava as suspeitas.
“Quem passa escuta o rapaz gritando. Ele faz muito barulho, mas a gente nunca viu ele”, contou um morador da rua, que preferiu não se identificar.
Além disso, moradores disseram que o pai realizava festas no local. Ele também levava garotas de programa para dentro da residência, mesmo com o filho vivendo em condições degradantes.
Outra moradora contou que viaturas da polícia e do Conselho Tutelar já haviam estado na casa antes. No entanto, até agora, a situação permanecia a mesma. A falta de ação anterior levanta questionamentos sobre possíveis falhas no atendimento à denúncia.
Diante dos fatos, os pais do jovem foram presos em flagrante. Eles devem responder pelos crimes de tortura e cárcere privado. O adolescente foi resgatado e está sob cuidados médicos e psicológicos.
Agora, a Polícia Civil busca esclarecer por quanto tempo o jovem viveu nessas condições. Também será investigado por que nenhuma ação efetiva foi tomada anteriormente, apesar dos sinais visíveis de maus-tratos.
O caso gerou revolta nas redes sociais. Organizações que defendem os direitos de pessoas com deficiência pedem justiça e mais fiscalização por parte dos órgãos públicos.
Ativistas alertam que o autismo nível 3 exige cuidado intensivo. Por isso, manter uma pessoa nessa condição em cárcere representa um risco extremo à vida.
Este caso serve de alerta para a importância da denúncia. Muitas vezes, os maus-tratos ocorrem dentro da própria casa. Por isso, vizinhos e familiares devem ficar atentos a gritos, odores e outros sinais suspeitos.
Se você presenciar uma situação semelhante, denuncie. O canal Disque 100 é gratuito, sigiloso e funciona 24 horas por dia. A proteção das pessoas mais vulneráveis começa com a atenção de todos.