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A Justiça de São Paulo liberou o policial militar Luan Felipe Alves Pereira, acusado de arremessar um jovem de 25 anos de uma ponte. O fato ocorreu na Vila Clara, Zona Sul da capital paulista, em dezembro de 2024.
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo tomou a decisão favorável ao habeas corpus. Em sua análise, o colegiado entendeu que manter a prisão preventiva configuraria uma “antecipação de pena”. Portanto, o policial militar agora responderá ao processo em liberdade.
Esta decisão ocorre após a Polícia Civil ter indiciado Luan por tentativa de homicídio na segunda-feira (7). Durante o interrogatório realizado no presídio, o PM optou por permanecer em silêncio. Ele preferiu se manifestar apenas em juízo, conforme seu direito constitucional.
O inquérito policial deve ser concluído nos próximos dias. Em seguida, será enviado ao Tribunal do Júri, órgão competente para julgar crimes contra a vida. Após receber o documento, o tribunal abrirá prazo para o Ministério Público tomar as providências cabíveis.
Nesta etapa, o MP terá três possibilidades de encaminhamento:
Além de Luan Felipe, outros seis policiais militares foram indiciados pela Corregedoria da PM. Todos participaram da ação contra Marcelo Amaral, a vítima de 25 anos. Os policiais respondem por tentativa de homicídio e diversos crimes militares relacionados ao incidente.
O inquérito policial militar já foi finalizado e encaminhado à Justiça Militar. Por se tratar de crime contra civil, o caso segue em duas frentes diferentes: na justiça comum para o crime de tentativa de homicídio e na justiça especializada militar para os demais delitos funcionais.
O caso ganhou notoriedade após imagens do incidente circularem em redes sociais. A vítima sobreviveu à queda da ponte, mas sofreu diversas lesões. As investigações apontam que o grupo de policiais teria agido com excesso de força durante uma abordagem rotineira.
Organizações de direitos humanos têm acompanhado o processo e manifestaram preocupação com a libertação do principal acusado. Por outro lado, associações de policiais defendem o direito ao devido processo legal e presumção de inocência.