A Polícia Civil do Rio de Janeiro já identificou as três mulheres suspeitas de aplicar o golpe ‘boa noite, Cinderela’ em dois turistas britânicos. O caso aconteceu na madrugada da última quinta-feira (7), em Ipanema, na Zona Sul. Uma das suspeitas, aliás, é uma velha conhecida da polícia, com 20 passagens pelo mesmo tipo de crime.
Como o crime aconteceu?
Tudo começou quando os dois jovens britânicos, de 21 anos, conheceram as mulheres em um bar na Lapa, na Região Central. De lá, o grupo seguiu para a praia de Ipanema. Segundo o relato das vítimas, as mulheres ofereceram caipirinhas a eles. A partir desse momento, eles não se lembram de mais nada.
Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra um dos turistas cambaleando na areia até cair, completamente desorientado. Contudo, a pessoa que gravou as imagens viu as suspeitas fugindo do local em um táxi. Em seguida, um grupo de pessoas socorreu os dois jovens, que também estavam dopados, e os levou para uma UPA em Copacabana.
O prejuízo e a investigação
Ao recuperarem a consciência, os turistas perceberam que haviam sido roubados. Dois celulares foram levados. Com um dos aparelhos, as criminosas conseguiram fazer movimentações financeiras. Inicialmente, o prejuízo foi estimado em mais de R$ 100 mil. No entanto, em um segundo depoimento, uma das vítimas esclareceu que, embora as criminosas tenham tentado movimentar um valor alto, o prejuízo real foi de aproximadamente R$ 15 mil, usados na compra de bitcoins e em outras despesas.
A Delegacia de Atendimento ao Turismo (Deat) assumiu o caso. A delegada Patrícia Alemany informou que as três suspeitas foram identificadas. São elas: Raiane Campos de Oliveira, de 27 anos; Amanda Couto Deloca, de 23; e Mayara Ketelyn Américo da Silva, de 26.
Suspeita é reincidente no crime
O que mais chama a atenção é o histórico de Raiane Campos de Oliveira. Ela já tem 20 passagens pela polícia pelo golpe ‘boa noite, Cinderela’. Inclusive, ela foi presa no ano passado e condenada a seis anos de prisão por um crime idêntico contra outro turista inglês. Contudo, ela foi absolvida em segunda instância por falta de provas e estava em liberdade.
“Ela age do mesmo jeito: dopa as vítimas. Em seguida, essas pessoas desmaiam e elas praticam o crime”, explicou a delegada. A polícia alerta para que turistas e moradores tomem cuidado com bebidas oferecidas por estranhos e evitem levar pessoas desconhecidas para suas hospedagens.
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