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Uma jovem gestante foi flagrada transportando cocaína no Aeroporto Internacional do Recife na madrugada de terça-feira (13). Inicialmente, a mulher de 20 anos, que não teve a identidade revelada, chamou atenção dos policiais federais durante fiscalização de rotina por apresentar comportamento suspeito.
A prisão aconteceu por volta das 3h da manhã, quando agentes da Polícia Federal observavam os passageiros que desembarcavam. Consequentemente, o nervosismo excessivo e a inquietação da gestante levantaram suspeitas imediatas entre os agentes de segurança aeroportuária.
“O treinamento dos nossos agentes inclui identificar padrões comportamentais que frequentemente indicam atividade ilícita”, explicou o delegado da Polícia Federal responsável pelo caso. Além disso, a abordagem segue protocolos específicos para garantir tanto a eficácia da operação quanto a segurança dos passageiros.
Os agentes federais questionaram a passageira sobre o conteúdo de sua bagagem de mão. Entretanto, a gestante respondeu com evidente insegurança e entrou em contradições durante a entrevista inicial, o que intensificou as suspeitas.
Ao realizarem a revista na bolsa, os policiais encontraram 475 gramas de cocaína em formato pastoso. Portanto, diante da descoberta do entorpecente, foi dada voz de prisão à mulher, que foi imediatamente conduzida à Superintendência Regional da Polícia Federal em Pernambuco, localizada no Bairro do Recife.
A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas estima que cada quilo de cocaína pode valer até R$ 80 mil no mercado ilegal brasileiro. Dessa forma, a quantidade apreendida representa aproximadamente R$ 38 mil em valor de revenda.
A investigação revelou que a gestante é moradora de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Primeiramente, ela iniciou sua viagem na segunda-feira (12), partindo da capital sul-mato-grossense com destino final a Fortaleza, no Ceará.
O itinerário incluiu uma primeira conexão em São Paulo. No entanto, foi durante a segunda escala, no Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife, que a prisão aconteceu. Este trajeto é considerado uma das rotas utilizadas por organizações criminosas para distribuição de entorpecentes pelo Nordeste brasileiro.
“As organizações criminosas frequentemente recrutam gestantes, idosos e pessoas sem antecedentes criminais como ‘mulas’ para o transporte de drogas”, informou o Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas. Ademais, esta estratégia visa diminuir as suspeitas durante as fiscalizações em aeroportos e rodoviárias.
Em seu depoimento à Polícia Federal, a gestante confessou ter obtido a droga na cidade de Corumbá, município brasileiro que faz fronteira com a Bolívia. Indubitavelmente, esta região é conhecida como ponto crítico para a entrada de cocaína no território nacional.
A mulher declarou que receberia R$ 2 mil pelo transporte do entorpecente até Fortaleza. Durante o interrogatório, ela também admitiu que inicialmente havia escondido a cocaína nas roupas íntimas. Contudo, durante a conexão em São Paulo, decidiu transferir a droga para a bolsa de mão.
De acordo com especialistas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o valor oferecido pelo transporte é considerado baixo diante dos riscos envolvidos. “Os aliciadores exploram a vulnerabilidade econômica das pessoas, oferecendo quantias irrisórias frente à possibilidade de uma condenação que pode chegar a 15 anos de reclusão”, explica a organização.
A Polícia Federal informou que esta não era a primeira passagem da mulher pelo sistema prisional. Certamente, seu histórico criminal já registrava prisão anterior por tráfico de drogas no Mato Grosso do Sul, o que configura reincidência criminal.
As investigações revelaram que a gestante, mãe de outros dois filhos, já havia transportado drogas para o Ceará em duas ocasiões anteriores. Por conseguinte, este padrão indica possível envolvimento com uma rede organizada de distribuição de entorpecentes entre as regiões Centro-Oeste e Nordeste do país.
“O tráfico interestadual de drogas cresceu 23% nos últimos três anos no Brasil”, aponta pesquisa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania. Efetivamente, as rotas aéreas têm sido cada vez mais monitoradas pelas autoridades devido a este aumento significativo.
Após ser autuada em flagrante por tráfico de drogas, a gestante passou por audiência de custódia. Finalmente, foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina, localizada no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife.
Além da droga, foram apreendidos um aparelho celular e a passagem aérea, que servirão como evidências no processo criminal. A Secretaria de Administração Penitenciária de Pernambuco informou que a unidade prisional dispõe de estrutura para atendimento pré-natal e acompanhamento médico especializado para detentas gestantes.
A legislação brasileira prevê condições especiais para mulheres grávidas no sistema prisional. Todavia, o crime de tráfico de drogas é classificado como hediondo e, mesmo com a condição de gestante, a liberdade provisória é raramente concedida em casos de reincidência criminal.
Para denúncias anônimas sobre tráfico de drogas, a Polícia Federal disponibiliza o telefone 197 e o Portal de Denúncias da PF.