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O ex-policial militar Heleno José do Nascimento, conhecido como Júnior Black, foi executado por vingança. Primeiramente, a Polícia Civil revelou que o assassinato foi uma retaliação pela morte de chefes de facção rival no Sertão de Pernambuco.
O crime ocorreu em julho de 2023, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Além disso, uma mulher de 54 anos que passava pelo local também foi atingida pelos disparos de fuzil e morreu na hora.
“A execução foi meticulosamente planejada como vingança”, afirmou o delegado Jorge Pinto. Consequentemente, quatro suspeitos de participação no assassinato foram presos na Operação Vendeta, deflagrada nesta semana.
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Entre os presos está o mandante do crime, que estava detido. De acordo com as investigações, ele comandou a execução diretamente do Presídio de Igarassu, no Grande Recife.
“O mandante já estava preso e deu a ordem de execução de dentro da unidade prisional”, explicou o delegado. Posteriormente, o criminoso foi transferido para uma unidade de segurança máxima em Campo Grande (MS).
O presidiário também estava envolvido no esquema conhecido como “resort do crime”. Por conseguinte, foi alvo da Operação La Catedral, deflagrada pela Polícia Federal, que apurou propinas e regalias dentro do presídio.
As investigações revelaram que Júnior Black participou de um duplo homicídio em Parnamirim. Inicialmente, o caso foi apresentado como confronto policial durante bloqueio na BR-316.
“Um dos mortos era líder e mantinha posição de extrema importância no crime organizado”, revelou Jorge Pinto. Entretanto, a Polícia Civil descobriu posteriormente que o bloqueio policial era uma falsa blitz.
O delegado explicou que o conflito teve origem em desacertos relacionados a roubo de cargas. “Essas pessoas não concordavam com o sumiço de cargas praticado por grupos rivais”, detalhou.
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Júnior Black, excluído da PM em 2021, integrava uma quadrilha com múltiplas atividades criminosas. Evidentemente, o grupo era especializado em roubo de cargas, mas também atuava como grupo de extermínio.
“Havia policiais tanto do estado de Pernambuco quanto da Paraíba”, revelou o delegado. No entanto, grande parte dos envolvidos já não integrava oficialmente as forças de segurança.
Durante as prisões da Operação Vendeta, a polícia apreendeu sete armas de fogo e diversas munições. Certamente, esse arsenal estava à disposição do grupo para execução de seus crimes.
A quadrilha responsável pela morte de Júnior Black está envolvida em diversos crimes. Logo após os primeiros levantamentos, a polícia identificou atividades como assaltos a bancos e lavagem de dinheiro.
“Um dos suspeitos, ex-integrante das forças de segurança, dispunha de uma carteira funcional falsa”, informou o delegado. Assim sendo, o grupo utilizava documentos falsificados para facilitar suas ações.
Dos cinco envolvidos na execução, quatro já foram capturados. Finalmente, um suspeito permanece foragido e é procurado pelas autoridades policiais.
O assassinato de Júnior Black e da mulher que passava pelo local foi registrado por câmeras de segurança. Obviamente, as imagens foram fundamentais para a identificação dos criminosos.
O ex-PM estava dentro de um carro quando foi baleado, na esquina entre as ruas Dr. João Guilherme Pontes Sobrinho e Ernesto de Paula Santos. Sem dúvida, o crime havia sido meticulosamente planejado.
As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos. Portanto, a polícia não descarta novas prisões relacionadas ao caso nos próximos dias.
A Operação Vendeta representa um golpe significativo contra a atuação de facções criminosas em Pernambuco. Sem dúvida, demonstra a capacidade investigativa da Polícia Civil no combate ao crime organizado no estado.