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Divaldo Franco, o maior líder espírita brasileiro da atualidade, faleceu na noite de terça-feira (13) aos 98 anos. Inicialmente, o médium estava em sua residência na Mansão do Caminho, em Salvador, onde recebia cuidados médicos domiciliares. Consequentemente, sua partida ocorreu por falência múltipla de órgãos, após meses de batalha contra um câncer de bexiga diagnosticado em novembro do ano passado.
O médium baiano dedicou mais de sete décadas à divulgação da doutrina espírita e ao trabalho social. Portanto, seu falecimento representa uma perda irreparável para o movimento espírita nacional e internacional, além de impactar milhões de seguidores em todo o mundo.
“Divaldo Franco deixa um legado incomparável de amor e solidariedade”, afirmou Alberto Almeida, presidente da Federação Espírita Brasileira. Além disso, destacou: “Sua dedicação incansável aos necessitados transformou profundamente o panorama social e espiritual do Brasil.”
A jornada espiritual de Divaldo Franco iniciou-se precocemente. Primeiramente, aos 4 anos de idade, ele teve sua primeira experiência mediúnica em Feira de Santana, sua cidade natal. No entanto, foi apenas na juventude que sua missão espiritual tomou forma concreta.
Em 1947, o médium fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção em Salvador. Posteriormente, em 1952, junto com seu amigo Nilson de Souza Pereira, criou a Mansão do Caminho, instituição que se tornaria referência mundial em trabalho social espírita.
A Mansão do Caminho atende diariamente mais de 5 mil pessoas em situação vulnerável. Além disso, oferece serviços essenciais como:
O trabalho de Divaldo Franco ultrapassou fronteiras geográficas e culturais. Indiscutivelmente, seus números impressionam: mais de 20 mil palestras realizadas em 2,5 mil cidades de 71 países. Contudo, não foi apenas a quantidade que o destacou, mas a qualidade e profundidade de suas exposições sobre espiritualidade e amor ao próximo.
“Ele tinha o dom de transmitir mensagens complexas de forma simples e acessível”, explica a pesquisadora Suely Caldas Schubert do Instituto de Cultura Espírita do Brasil. Enquanto muitos oradores focavam apenas em aspectos teóricos, Divaldo priorizava a aplicação prática dos ensinamentos espíritas na transformação da sociedade.
Seu trabalho literário é igualmente notável. Claramente, os aproximadamente 260 livros publicados por ele – psicografados ou de autoria própria – estão traduzidos para 17 idiomas e ultrapassaram a marca de 10 milhões de exemplares vendidos. Finalmente, essa produção consolidou sua posição como sucessor espiritual de Chico Xavier na missão de propagar o espiritismo pelo mundo.
Uma das maiores contribuições de Divaldo Franco foi o projeto ecumênico “Você e a Paz”. Durante quase 30 anos, este movimento reuniu representantes de diversas religiões em eventos que promoviam o diálogo inter-religioso e a cultura de paz.
“O mundo precisa de paz, e a paz começa dentro de cada um de nós”, era uma de suas frases mais conhecidas. Por conseguinte, seu trabalho ultrapassou as fronteiras do espiritismo, alcançando pessoas de diferentes credos e filosofias.
Ademais, o projeto realizou ações sociais em comunidades carentes, aliando espiritualidade e assistência social. Certamente, este aspecto prático da caridade foi uma marca registrada da atuação de Divaldo, que sempre defendeu que “a fé sem obras é morta”.
Seguindo os desejos expressos por Divaldo Franco, as cerimônias de despedida foram realizadas com simplicidade. O velório ocorreu na quarta-feira (14) no ginásio da Mansão do Caminho, em Salvador, aberto ao público das 9h às 20h.
Por determinação do médium, não houve cortejo em carro aberto e o caixão permaneceu fechado. O sepultamento aconteceu na quinta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador.
Personalidades e autoridades prestaram suas últimas homenagens. A cantora Ivete Sangalo declarou: “Divaldo nos ensinou que a caridade é o amor em movimento.” Entretanto, a maior homenagem veio das milhares de pessoas simples que foram tocadas por seu trabalho ao longo das décadas.
O legado de Divaldo Franco transcende sua existência física. Efetivamente, a Mansão do Caminho continuará seu trabalho social, atendendo milhares de pessoas diariamente em Salvador. Todavia, seu maior legado talvez seja imaterial: os ensinamentos de amor, paz e caridade que propagou incansavelmente.
“A morte não existe, meus amigos. A vida é eterna, e o amor imortal”, repetia frequentemente Divaldo em suas palestras. Agora, seus seguidores encontram conforto nestas mesmas palavras para lidar com sua partida física.
Para aqueles que desejam conhecer mais sobre o trabalho e os ensinamentos deste grande líder espírita, o Centro Espírita Caminho da Redenção e a Federação Espírita Brasileira disponibilizam vasto material sobre sua obra.
Divaldo Franco parte aos 98 anos, mas seu exemplo de dedicação ao próximo permanecerá inspirando gerações. Com efeito, sua mensagem de que “amar é a melhor forma de viver” continua mais viva do que nunca nos corações daqueles que foram tocados por seu trabalho.