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Um caso de violência doméstica envolvendo o percussionista Matheus Souza de Castro, conhecido como Didico, integrante do grupo Pagode do Adame, está movimentando o cenário musical do Rio de Janeiro. Didico acusado de agressão contra sua ex-companheira, Beatriz Ramos, veio à tona após denúncias graves que chocaram fãs e a sociedade. O episódio, ocorrido em Niterói em setembro de 2024, expôs um histórico de abusos que agora é investigado pelas autoridades.
Beatriz Ramos relatou à polícia um episódio violento em que Didico a agrediu fisicamente. Segundo seu depoimento, o músico desferiu socos no rosto, pancadas na cabeça e chutes nas pernas, deixando marcas visíveis nos braços e na região dos olhos. Após o ataque, Beatriz foi encontrada ensanguentada por sua irmã, uma vizinha e uma amiga, uma hora depois, debaixo do chuveiro tentando se limpar. “Ele sempre foi agressivo. Tenho dois boletins contra ele, mas um desisti em 2020 após uma briga por traição. Ele me bateu e até o jeito de falar é violento”,
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi chamado, e Beatriz foi levada a um hospital regional. No dia seguinte, devido ao impacto psicológico, ela foi internada em uma clínica psiquiátrica. “Tinha uma dependência emocional absurda nele. Expor foi para me proteger do medo e garantir que a Justiça seja feita”, afirmou, destacando que tem a guarda da filha de 4 anos do casal.
O caso de Didico acusado de agressão revela um padrão de violência. Beatriz contou que os abusos começaram no início do relacionamento e se agravaram durante a gravidez da filha. Em 2020, ainda no puerpério, ela sofreu uma agressão que a marcou profundamente. “Ele me ameaçava com socos se eu pegasse o celular dele. As agressões continuaram mesmo depois do nascimento da nossa filha”, relatou, apontando um ciclo de violência psicológica e física que durou anos.
Diante das denúncias, o Pagode do Adame, grupo formado em São Gonçalo e conhecido por hits como “Dá Seu Jeito”, tomou uma decisão firme. Em nota oficial, a banda anunciou o afastamento de Didico até que as investigações sejam concluídas. “Somos veementemente contrários a todas as formas de violência, especialmente a de gênero, seja física, psicológica ou econômica. Reforçamos nosso compromisso com respeito e transparência”, declarou o comunicado. A medida foi bem recebida por fãs, que exigem justiça no caso de violência doméstica.
A 75ª DP (Rio do Ouro), em São Gonçalo, está investigando o caso de Didico acusado de agressão. A Polícia Civil trabalha para apurar os fatos, com apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro. Até o momento, Matheus Souza de Castro não se pronunciou publicamente, mas está afastado de Beatriz, da filha e da banda. Beatriz conseguiu uma medida protetiva, e o caso segue sob análise, com expectativa de novas diligências.
O episódio envolvendo Didico reflete uma realidade preocupante no Brasil. Segundo informações amplamente discutidas, milhares de mulheres sofrem abusos anualmente, muitas em silêncio. Casos como esse, amplificados pela exposição pública, podem incentivar outras vítimas a denunciar. O Ligue 180, serviço gratuito do governo, oferece suporte a mulheres em situações de violência doméstica, sendo um recurso essencial.
O caso de Didico acusado de agressão contra Beatriz Ramos destaca a urgência de combater a violência doméstica. Enquanto a investigação avança, a sociedade acompanha na esperança de que a Justiça prevaleça. Beatriz busca reconstruir sua vida, livre do medo, e sua coragem pode inspirar outras mulheres a romperem o silêncio. Denuncie: ligue 180 e encontre ajuda.
