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O ex-presidente Jair Bolsonaro admitiu a possibilidade de corrupção no INSS durante seu governo e defendeu a investigação sobre os descontos ilegais em aposentadorias e pensões. A declaração foi feita ao comentar o pedido de abertura de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) no Congresso para apurar o caso. A frase-chave “corrupção no INSS” aparece aqui para destacar o foco do debate.
Segundo Bolsonaro, “não tem como falar em corrupção zero”, reconhecendo que irregularidades podem ocorrer em qualquer administração. Ele afirmou que, se alguém de seu governo errou, deve ser responsabilizado. Bolsonaro ressaltou que o número de fraudes explodiu no governo Lula, mas admitiu que o problema já existia antes e precisa ser investigado.
A investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou um esquema de descontos ilegais em benefícios do INSS. Sindicatos e associações cadastravam aposentados e pensionistas sem consentimento e aplicavam descontos diretamente na folha de pagamentos. Muitas vítimas sequer percebiam os descontos, pois eles apareciam misturados a outros abatimentos, como empréstimos consignados e Imposto de Renda.
Entre 2019 e 2024, os descontos indevidos chegaram a R$ 6,3 bilhões, mas ainda está sendo apurado qual parte desse valor foi realmente ilegal. O aumento dos descontos a partir de 2019 chamou a atenção das autoridades, especialmente após 2022, quando regras mais rígidas para esses débitos foram impedidas no Congresso.
O pedido de abertura da CPMI do INSS foi protocolado com apoio de 36 senadores e 223 deputados federais, superando o mínimo necessário. No entanto, a instalação da comissão depende de decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A oposição pressiona para que a investigação avance, enquanto aliados do governo argumentam que a Polícia Federal já conduz apurações e que uma CPMI pode atrapalhar o trabalho técnico.
Parlamentares críticos à comissão lembram que as irregularidades começaram ainda no governo Temer e podem envolver integrantes de diferentes administrações. Apesar disso, Bolsonaro disse que não vê problema em investigar todo o período, reforçando a necessidade de transparência.
Os descontos ilegais afetaram milhares de aposentados e pensionistas, que muitas vezes não conseguiam identificar a fraude. O acesso ao extrato do Meu INSS é fundamental para acompanhar os descontos e identificar possíveis irregularidades. Após a operação, o governo suspendeu todos os acordos que previam descontos associativos nas aposentadorias.
Para saber como consultar seu extrato de pagamentos e identificar descontos indevidos, acesse o site oficial do INSS.
A admissão de Bolsonaro sobre a corrupção no INSS marca um momento importante no debate sobre transparência e combate à fraude no serviço público. O caso evidencia a necessidade de fiscalização rigorosa e de canais de denúncia acessíveis para proteger os direitos dos beneficiários. O avanço das investigações e a possível instalação da CPMI prometem esclarecer responsabilidades e fortalecer os mecanismos de controle no INSS.