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A Polícia Federal indiciou Bruno Henrique, atacante do Flamengo, por manipulação de resultados. Consequentemente, o jogador é acusado de fraudar apostas esportivas e praticar estelionato.
O caso envolve um cartão amarelo durante partida contra o Santos em novembro de 2023. Além disso, o SBT News teve acesso exclusivo às 800 páginas da investigação policial.
As mensagens entre Bruno Henrique e seu irmão Wander comprovam o planejamento do esquema. Portanto, dois meses antes do jogo, o atacante já indicava quando receberia o cartão.
Em 29 de agosto, o irmão pediu para ser avisado sobre o cartão amarelo. Logo em seguida, Bruno Henrique respondeu: “contra o Santos”. Posteriormente, em 7 de outubro, o jogador buscou auxílio para fazer um Pix de R$ 10 mil. No entanto, afirmou que não poderia ser em nome de familiares.
Em meados de outubro, Wander novamente questionou sobre cartões. Enfim, às vésperas do jogo contra o Santos, Bruno Henrique fez ligação decisiva.
De acordo com a PF, a chamada serviu para alinhar a aposta do cartão amarelo. Apesar disso, a defesa do jogador ainda não se pronunciou sobre as acusações.
A investigação identificou dois núcleos de apostadores envolvidos no esquema. Primeiramente, o grupo familiar incluía o irmão, a cunhada e a prima do atleta.
O segundo grupo consistia em amigos do jogador. Juntos, apostaram quase R$ 7 mil para lucrar aproximadamente R$ 14 mil com o cartão.
Bruno Henrique joga pelo Flamengo desde 2019. Recentemente, renovou contrato por mais três anos, garantindo R$ 70 milhões em salários. Por outro lado, sua defesa argumenta que os valores das apostas não eram expressivos. Entretanto, isso não diminui a gravidade das acusações.
As casas de apostas detectaram movimentações anormais antes do jogo. Por exemplo, uma plataforma registrou 98% das apostas no cartão amarelo para Bruno Henrique. Ademais, análises indicam que as chances normais do jogador receber cartão eram de apenas 15%. Curiosamente, muitas apostas vieram de Belo Horizonte, cidade natal do atacante.
A investigação começou após alerta da International Betting Integrity Association à CBF. Subsequentemente, em setembro de 2024, a PF abriu inquérito oficial. Na segunda-feira (14), a polícia indiciou Bruno Henrique e outras dez pessoas. Enquanto isso, o Flamengo afirma não ter sido comunicado oficialmente sobre o caso. O clube, embora comprometido com o fair play, defende a presunção de inocência. Sem dúvida, o caso representa um dos maiores escândalos recentes do futebol brasileiro.