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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou nesta sexta-feira (16) após reportagens da Jovem Pan revelarem que entidades investigadas no escândalo do INSS avaliam revelar detalhes sobre envolvimento de parlamentares do Congresso Nacional no esquema. Bolsonaro afirmou que nunca conversou com sindicalistas e reforçou que a saída para apurar o caso é a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).
“Realmente a saída é CPMI. Quando o sindicato agora ameaça entregar gente de tudo quanto é lado, da minha parte, 10. Eu nunca conversei com um sindicalista na minha vida, e foram os sindicatos que ganharam dinheiro em cima disso. Agora, tem participação de gente do outro lado, com toda certeza tem”, declarou Bolsonaro em conversa com a imprensa.
A fraude no INSS envolve descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas, que causaram um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, conforme investigação da Polícia Federal. O esquema teria sido facilitado por entidades sindicais e associações que firmaram acordos técnicos com o INSS para realizar descontos sem autorização dos beneficiários.
Bolsonaro admitiu a possibilidade de que fraudes tenham começado durante seu governo, mas afirmou que o problema se agravou na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele também criticou a oposição, destacando que o pedido de CPMI foi assinado principalmente por deputados e senadores do Centrão e do PL, partidos aliados a ele.
Um requerimento para instalação da CPMI do INSS foi protocolado na Câmara dos Deputados e conta com a adesão de 223 deputados e 36 senadores. A decisão sobre a instalação da comissão depende do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos). A CPMI terá poderes para investigar detalhadamente as fraudes, ouvir testemunhas e requisitar documentos.
Além das declarações, Bolsonaro tem gravado vídeos com aposentados que foram vítimas dos descontos indevidos, visando expor os responsáveis e pressionar por devolução dos valores. A campanha busca mobilizar a opinião pública e reforçar a crítica ao governo atual, que, segundo ele, não agiu com a devida eficiência para coibir o esquema.