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Áudios periciados pela Polícia Federal revelam que o agente Wladimir Soares, denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por participação em plano golpista, integrava uma equipe preparada para prender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e usar força letal para manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota eleitoral de 2022.
Segundo os áudios, Wladimir afirmou que o grupo estava pronto para agir, aguardando apenas a autorização de Bolsonaro, que acabou desistindo da ação no último momento. O policial disse que a Marinha foi a única força armada a apoiar 100% o golpe, enquanto os generais do Exército teriam “traído” Bolsonaro, retirando o apoio e impedindo a execução do plano.
Nos áudios, Wladimir critica duramente Bolsonaro por não ter tido “pulso firme” para seguir com o golpe, afirmando que o ex-presidente deveria ter ignorado os generais e avançado com os coronéis, que tinham o apoio da tropa. Ele relata que os generais foram “comprados” pelo PT, o que teria causado a desistência da ação.
“Bolsonaro faltou um pulso para dizer: não tenho general, tenho coronel, vamos com os coronéis que a tropa toda queria. Só os generais que não deixaram”, disse o policial.
O agente admitiu que o grupo estava disposto a usar violência extrema, chegando a afirmar que “iam matar meio mundo” para manter Bolsonaro no poder. Ele descreveu a equipe como uma força de operações especiais, armada e pronta para “empurrar quem viesse à frente”.
Além disso, Wladimir relatou que monitorava a segurança do presidente Lula, repassando informações para o grupo golpista.
Wladimir Soares está preso preventivamente desde novembro de 2024 e foi denunciado pela PGR por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e outros crimes graves. A denúncia contra ele e outros 11 integrantes do chamado “núcleo 3” será julgada pelo Supremo Tribunal Federal na próxima semana.
Os áudios encontrados no celular do policial federal Wladimir Soares expõem um plano golpista armado para impedir a posse de Lula e manter Bolsonaro no poder, revelando a gravidade da ameaça à democracia brasileira em 2022. A desistência do ex-presidente e a traição dos generais impediram a execução do plano, mas as investigações seguem para responsabilizar os envolvidos.
Para mais informações sobre o combate a crimes contra a democracia, acompanhe as atualizações oficiais do Supremo Tribunal Federal e da Polícia Federal.