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Na quinta-feira (15), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão foi assinada pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, que apontou a possível falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, ex-vice-presidente da entidade, em um acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início de 2025.
O magistrado declarou nulo o acordo firmado entre as partes, que havia mantido Ednaldo no cargo, por considerar que um dos signatários apresentava incapacidade mental e que sua assinatura foi possivelmente falsificada. A decisão levou à destituição de Ednaldo e à nomeação do vice-presidente Fernando Sarney como interventor da CBF.
Fernando Sarney, que já tomou posse como interventor, afirmou que convocará novas eleições “no menor prazo possível” para garantir a renovação da gestão da entidade. Questionado sobre a recente contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti para a Seleção Brasileira, Sarney afirmou que não pretende alterar decisões já tomadas, ressaltando seu caráter temporário à frente da CBF.
Horas após o afastamento, Ednaldo Rodrigues entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a decisão do TJ-RJ. A defesa argumenta que o processo que o manteve no cargo foi legítimo e contesta as suspeitas de falsificação. O ministro Gilmar Mendes, relator do caso, já havia negado pedido anterior para afastar Ednaldo, mas determinou que a Justiça do Rio investigasse a assinatura contestada.
Ednaldo Rodrigues esteve à frente da CBF por quase quatro anos, inicialmente como presidente interino em 2021, após o afastamento de Rogério Caboclo, e foi reeleito por aclamação em 2025. A crise na presidência da CBF ganhou destaque na imprensa internacional, com veículos de países como Argentina, Espanha, Portugal, Itália e França repercutindo o afastamento e os impactos para o futebol brasileiro, especialmente após a recente chegada de Carlo Ancelotti.
Após o afastamento, 19 federações estaduais divulgaram manifesto pedindo renovação na gestão da CBF, defendendo mudanças estruturais para garantir transparência e governança na entidade.
2021: Ednaldo assume presidência interinamente após afastamento de Rogério Caboclo.
Dezembro de 2023: TJ-RJ anula eleições da CBF de 2017, gerando disputa judicial.
Fevereiro de 2025: STF homologa acordo que mantém Ednaldo no cargo.
Maio de 2025: TJ-RJ determina afastamento de Ednaldo por suspeita de falsificação.
Maio de 2025: Fernando Sarney assume como interventor e convoca novas eleições.
O afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF por suspeita de falsificação de assinatura abre um novo capítulo na turbulenta gestão do futebol brasileiro. A nomeação de Fernando Sarney como interventor e a convocação de novas eleições indicam um esforço para restaurar a estabilidade e a confiança na entidade máxima do futebol nacional. O desfecho do recurso no STF será decisivo para o futuro da presidência da CBF.
Para acompanhar as atualizações sobre o caso, acompanhe os canais oficiais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, do Supremo Tribunal Federal e da Confederação Brasileira de Futebol.