O debate sobre a adultização infantil nas redes sociais ganhou força no Congresso Nacional. O presidente da Câmara dos Deputados, Ismael Motta (PL), anunciou que vai pautar projetos de lei sobre o tema. A decisão veio após a grande repercussão de um vídeo do youtuber Felca, que expôs o problema.
O que motivou a ação?
O estopim para a mobilização foi um
vídeo de Felca. Nele, o youtuber criticou a tendência de “mini-influencers”. Essas crianças, muitas vezes incentivadas pelos pais, produzem conteúdo com rotinas de beleza e cuidados com a pele (skincare) usando produtos inadequados para a idade.
O vídeo viralizou e gerou um intenso debate. Especialistas, pais e o público em geral discutiram os perigos da exposição precoce e da adultização infantil. O fenômeno consiste em tratar crianças como pequenos adultos, impondo a elas comportamentos, responsabilidades e preocupações que não condizem com sua fase de desenvolvimento.
A resposta do Legislativo
Atento à repercussão, Ismael Motta usou suas redes sociais para se posicionar. Ele afirmou que a proteção das crianças é uma prioridade. Por isso, irá selecionar e pautar propostas que já tramitam na Câmara e que buscam regular a exposição de menores na internet.
“A internet não pode ser uma terra sem lei para as nossas crianças. Vamos discutir com seriedade e urgência projetos que garantam um ambiente digital mais seguro para elas”, declarou Motta.
Quais os perigos da adultização infantil?
Especialistas alertam para diversos riscos associados à adultização infantil. Entre eles, estão:
- Problemas de saúde mental: Ansiedade, depressão e distúrbios de imagem podem surgir da pressão por uma aparência e um comportamento adultos.
- Erotização precoce: A exposição excessiva e o uso de roupas e maquiagens adultas podem levar à erotização precoce.
- Riscos de abuso: Crianças expostas na internet se tornam alvos mais fáceis para predadores online.
- Consumismo: A criação de “mini-influencers” estimula o consumismo infantil de produtos inadequados.
A expectativa agora é que o tema avance no Congresso. A sociedade civil espera a criação de leis mais rígidas para proteger as crianças e responsabilizar pais e plataformas digitais.
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