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Uma denúncia grave chocou São Paulo nesta semana. Uma adolescente de 15 anos, aluna bolsista do Colégio Presbiteriano Mackenzie, em Higienópolis, está internada há 8 dias. Ela foi encontrada desacordada no banheiro da escola. A advogada Réa Sylvia, que representa a jovem, revelou que a adolescente sofre bullying racista e homofóbico desde 2024. Assim, o caso expõe a violência no ambiente escolar.
A estudante conquistou uma bolsa por mérito no Mackenzie. No entanto, ela enfrentava ofensas constantes na escola. Réa Sylvia informou que a jovem, que é negra, ouvia insultos como “cigarro queimado” e “lésbica preta”. Esses ataques racistas e homofóbicos dificultavam sua socialização. Além disso, a adolescente foi pressionada a gravar um vídeo beijando um aluno mais velho. Depois disso, um grupo de meninas passou a chantageá-la com o vídeo.
Em 29 de abril, a jovem foi achada desacordada no banheiro do colégio. Ela apresentava sinais de tentativa de suicídio. Rapidamente, um bombeiro civil e a médica pediatra da escola a socorreram. Em seguida, a ambulância do Mackenzie a levou à Santa Casa. A equipe pedagógica acompanhou o processo. Agora, a adolescente está sob cuidados médicos. Por fim, ela será transferida para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Segundo Réa Sylvia, a adolescente sofre bullying racista desde 2024. A mãe da jovem enviou e-mails à direção alertando sobre os ataques. No entanto, a advogada afirma que a escola não agiu para proteger a aluna. “O colégio sabia, mas ignorou o problema”, disse Réa Sylvia ao SBT News. Como resultado, a situação piorou. Assim, a jovem ficou emocionalmente vulnerável.
O Colégio Mackenzie divulgou uma nota sobre o caso. A instituição disse que foi “surpreendida” pelo incidente. Além disso, negou ter conhecimento das denúncias de racismo e homofobia. O colégio informou que a adolescente recebeu primeiros socorros no local. Depois, foi encaminhada à Santa Casa com acompanhamento pedagógico. A escola também destacou que uma psicóloga segue apoiando a família.
No entanto, Réa Sylvia contesta a versão do Mackenzie. Ela afirma que a escola só ofereceu suporte após a judicialização do caso. A advogada também criticou a internação da jovem na Santa Casa. A adolescente divide espaço com pacientes graves em uma ala de adultos. Portanto, Réa pede que o colégio custeie um hospital particular para um tratamento adequado.
Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil nesta semana. Apesar disso, a Secretaria de Segurança Pública disse que não encontrou registros do caso. Réa Sylvia divulgou um vídeo nas redes sociais sobre os abusos sofridos pela jovem. Com isso, ela busca sensibilizar a sociedade e pressionar por justiça. O caso reacende o debate sobre bullying e racismo nas escolas. Especialmente, em instituições de elite como o Mackenzie.
O caso da adolescente que sofre bullying racista não é isolado. Em 2023, mais de 3 mil casos de racismo foram registrados em escolas de São Paulo. Além disso, houve 7 mil ocorrências de bullying e humilhação. A omissão das escolas diante de denúncias de discriminação é frequentemente criticada. Portanto, especialistas defendem políticas mais eficazes para proteger estudantes de minorias.
O caso da adolescente que sofre bullying racista no Mackenzie expõe a gravidade do racismo e da homofobia nas escolas. A luta da família por justiça é um alerta para as instituições. As escolas precisam proteger todos os alunos. Assim, a sociedade espera que as investigações avancem. Além disso, medidas concretas devem ser tomadas para evitar novas tragédias.