A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão preventiva de Pedro Camilo Garcia Castro, o fisiculturista que agrediu a namorada médica em um apartamento em Moema, na capital paulista. A decisão reforça a gravidade do crime, enquanto a vítima, uma médica de 27 anos, começa um longo processo de recuperação, com sequelas físicas e a necessidade de novas cirurgias reparadoras.
A decisão da Justiça: “covardia e periculosidade”
A prisão em flagrante de Pedro Camilo foi convertida em preventiva durante a audiência de custódia. Na decisão, o juiz Diego De Alencar Salazar Primo destacou a brutalidade do ato. “O modus operandi denota covardia, descontrole emocional e periculosidade concreta por parte do custodiado, homem fisiculturista de robusto porte físico, que teria socado intensamente o rosto de sua namorada”, escreveu o magistrado.
Recentemente, a defesa do fisiculturista tentou um habeas corpus, que foi negado pela 7ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP. Os desembargadores entenderam que não há justificativa para substituir a prisão por medidas mais brandas, como a domiciliar. Pedro Camilo segue preso no CDP de São Vicente.
A mão quebrada e a denúncia por tentativa de feminicídio
Um detalhe que evidencia a violência da agressão é que o próprio agressor fraturou a mão ao espancar a namorada. Exames de raio-X confirmaram uma fratura na base do quarto metacarpo, o osso que liga o punho ao dedo anelar.
Com base na brutalidade do ataque, o Ministério Público de São Paulo denunciou o fisiculturista que agrediu a namorada por tentativa de feminicídio, com os agravantes de meio cruel e motivo fútil.
Vítima começa a recuperar a consciência e a memória
A médica de 27 anos, que teve os “ossos da face destruídos”, segundo sua advogada, Gabriela Manssur, já passou por diversas cirurgias e agora se recupera em casa, aos cuidados da família.
As notícias sobre seu estado de saúde são um misto de alívio e preocupação. “Está começando a retomar a sua consciência, começando a se movimentar de forma um pouco mais livre e segura”, informou a advogada. Ela também confirmou que a vítima, que antes não se lembrava de nada, já recuperou parcialmente a memória.
No entanto, o caminho ainda é longo. “Ainda apresenta intenso abalo emocional, intensas sequelas físicas e, obviamente, passará ainda por algumas outras cirurgias reparadoras”, completou Manssur. A defesa da família espera que a punição seja aplicada com rigor, refletindo a gravidade do crime.