O dólar à vista iniciou o dia com uma leve alta nesta terça-feira (29). O movimento reflete a apreensão do mercado. Além disso, os investidores seguem atentos à resposta do Brasil. O prazo de 1º de agosto para a imposição de tarifas pelos EUA está cada vez mais próximo. A taxa pode chegar a 50% sobre os produtos brasileiros.
Às 9h04, por exemplo, o dólar à vista subia 0,13%. Com isso, era cotado a R$ 5,6000 na venda. Na véspera, a moeda americana já havia fechado o dia em alta de 0,54%, a R$ 5,5925.
Para conter a volatilidade, o Banco Central agiu. A instituição anunciou um leilão de linha para esta terça-feira. A operação consiste na venda de dólares com compromisso de recompra.
Negociações em Brasília e Washington do Dólar
Enquanto isso, o governo brasileiro intensificou seus esforços diplomáticos. O objetivo é reverter a situação.
- Apelo de Lula: Primeiramente, em discurso na segunda-feira (28), o presidente Lula fez um apelo. Ele pediu que o presidente Donald Trump “coloque as divergências de lado” e aceite negociar.
- Diálogo de Alckmin: O vice-presidente Geraldo Alckmin também se manifestou. Ele afirmou que o governo está dialogando e que todo o empenho é para “resolver o problema”. De acordo com o ministro Fernando Haddad, Alckmin já teve uma terceira conversa com o secretário de Comércio dos EUA.
- Missão do Senado: Adicionalmente, em Washington, uma comitiva de oito senadores segue em solo americano. O grupo, liderado por Nelsinho Trad (PSD-MS), fica no país até quarta-feira (30) para discutir as sobretaxas.
No entanto, apesar dos esforços, a missão enfrenta oposição. O deputado Eduardo Bolsonaro declarou que trabalha para que os senadores “não encontrem diálogo”. Isso, portanto, adiciona mais um fator de incerteza ao cenário.
Veja também: