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Juliana Marins, jovem brasileira de 26 anos natural de Niterói (RJ), que caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok, Indonésia, foi encontrada morta na noite desta terça-feira (24), conforme confirmou a família em uma publicação nas redes sociais. A notícia encerra quatro dias de buscas intensas e mobilização internacional para tentar resgatar a turista, que estava presa em um local de difícil acesso no Parque Nacional do Monte Rinjani desde a última sexta-feira (20).
Juliana realizava um mochilão pela Ásia desde fevereiro de 2025, passando por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã, até chegar à Indonésia. No país, decidiu encarar a trilha de três dias e duas noites no Monte Rinjani, o segundo maior vulcão da Indonésia, conhecido por sua beleza natural, mas também por sua geografia desafiadora.
No segundo dia do percurso, enquanto descansava, Juliana caiu de um penhasco que fica próximo à cratera do vulcão. O guia do grupo, que havia orientado a jovem a parar no caminho e depois reencontrar o grupo, percebeu a demora e, cerca de uma hora depois, localizou o local da queda, que fica a mais de 300 metros de profundidade.
A operação de busca e resgate enfrentou inúmeros obstáculos, entre eles o terreno escorregadio e arenoso, a forte neblina e a difícil fixação de cordas para acesso ao local onde Juliana estava. Dois helicópteros estavam de sobreaviso para auxiliar no resgate, mas não puderam decolar devido às condições climáticas adversas.
Além disso, a equipe de resgate só foi acionada horas após o acidente, pois um integrante do grupo precisou caminhar cerca de oito horas até um posto para informar as autoridades locais. Nos primeiros dias, drones equipados com sensores térmicos não conseguiram localizar a jovem, que só foi avistada na manhã de segunda-feira (23), já a aproximadamente 500 metros de profundidade.
Sete socorristas conseguiram se aproximar do local na terça-feira (24), mas infelizmente Juliana não resistiu. A família comunicou o falecimento com tristeza nas redes sociais, agradecendo o empenho das equipes de resgate.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por meio do Itamaraty, lamentou a morte da turista e afirmou que acompanhava as buscas desde o primeiro momento. Dois funcionários da Embaixada do Brasil em Jacarta foram deslocados para a Indonésia para prestar apoio à família e acompanhar os desdobramentos.
O pai de Juliana, Manoel Marins, estava a caminho da Indonésia para acompanhar o resgate, mas enfrentou atrasos devido ao fechamento do espaço aéreo em Doha, causado por conflitos internacionais recentes. A família expressou indignação em relação à demora no início das buscas e contestou informações oficiais da Indonésia sobre o suposto fornecimento de alimentos e agasalhos à jovem durante o período em que esteve presa.
O trágico acidente de Juliana Marins reforça a necessidade de cuidados redobrados em atividades de aventura, especialmente em locais remotos e de difícil acesso. Além disso, destaca a importância da comunicação rápida e eficiente com as autoridades em casos de emergência, bem como a necessidade de infraestrutura adequada para resgates em áreas naturais.
Este caso sensibilizou o Brasil e a comunidade internacional, lembrando a todos da vulnerabilidade em ambientes naturais e da importância do respeito às normas de segurança em trilhas e expedições.