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A prisão temporária do padrasto de Larissa Manuela, menina assassinada em Barueri, São Paulo, ainda não foi efetivada. Mesmo com o pedido formalizado pela Polícia Civil, a detenção não ocorreu na noite desta terça-feira (17) por falta de juiz disponível para analisar e assinar o mandado.
Diego Sanches, padrasto da vítima, foi chamado pela terceira vez para prestar depoimento na delegacia. Ele permaneceu na unidade policial até o fim da noite. Por volta da meia-noite, o delegado responsável, Paulo Lombo, encaminhou o pedido de prisão ao Judiciário. Contudo, sem magistrado de plantão, o pedido não foi avaliado, e Diego foi liberado.
Essa situação gerou revolta na família de Larissa. O advogado da família, Paulo Lombo, afirmou que há risco real de fuga do suspeito. Ele destacou que existem elementos suficientes no inquérito para justificar a prisão temporária, que visa aprofundar as investigações.
Diego prestou o primeiro depoimento no dia 13 de junho, um dia após o crime. Na ocasião, foram apreendidos seus chinelos e celular. O pai da menina relatou que Diego já havia feito ameaças contra Larissa.
No segundo depoimento, na segunda-feira (16), Diego negou envolvimento no crime e afirmou ter uma boa relação com a enteada, dizendo que “brincavam normalmente”.
Na terça-feira (17), ele foi novamente chamado para depor. Testemunhas afirmaram que Diego trabalhou em outra casa no dia do crime, entre 15h e 18h. A filha da chefe de Diego também confirmou que ele trabalhou pela manhã e à tarde. No entanto, o pai de Larissa questiona o horário exato do início do trabalho e onde ele esteve, já que a mãe da menina sai de casa entre 6h e 6h30.
Larissa Manuela foi encontrada morta no dia 12 de junho, dentro de casa, em Barueri. Ela estava sozinha, pois o irmão mais velho havia viajado, e a mãe só a encontrou após voltar do trabalho. A menina sofreu 16 facadas no tórax e pescoço, sem sinais de violência sexual.
Uma faca que estava guardada em cima de um armário na casa desapareceu. A polícia suspeita que alguém próximo à vítima cometeu o crime. Imagens de câmeras de segurança mostram um homem usando sandálias semelhantes às de Diego. Por isso, ele foi chamado para prestar depoimento.
A defesa do padrasto nega o envolvimento e apresentou provas da rotina dele. O caso segue sendo investigado pelo 1º Distrito Policial de Barueri e está registrado como homicídio.
A prisão temporária é uma medida cautelar que permite à polícia manter um suspeito detido por um período determinado, para garantir a investigação. Ela é usada quando há risco de fuga, destruição de provas ou interferência em testemunhas. Saiba mais sobre o tema no site do Ministério da Justiça.
A demora na análise do pedido de prisão temporária do padrasto de Larissa Manuela preocupa a família e a polícia. Enquanto isso, as investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do crime brutal que chocou Barueri e o país.