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A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (13) Gilson Machado, ex-ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro, durante operação realizada em Recife (PE). A detenção ocorreu no contexto das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e a suposta tentativa de fuga do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no inquérito.
Segundo a PF, Gilson Machado teria articulado, em maio de 2025, a emissão de um passaporte português para Mauro Cid no Consulado de Portugal no Recife. O objetivo seria facilitar a saída de Cid do Brasil, em um momento em que ele já era réu e colaborador nas investigações do chamado “núcleo operacional” da trama golpista. A ação é vista como tentativa de obstrução da Justiça e de dificultar o andamento do processo que investiga Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado.
Além do episódio do passaporte, Gilson Machado também é investigado por supostas fraudes em contratos públicos ligados à Embratur, envolvendo lavagem de dinheiro e favorecimento a empresas por meio de licitações direcionadas. Mandados de prisão e busca foram cumpridos em Pernambuco, Brasília, São Paulo e Alagoas, com apreensão de documentos e eletrônicos.
Até o momento, Gilson Machado não se pronunciou oficialmente sobre a prisão. Em declarações anteriores, ele negou envolvimento com Mauro Cid e afirmou que esteve no consulado tratando de questões pessoais. A defesa de Mauro Cid também aguarda manifestação. A PF seguirá com oitivas e análise do material recolhido, enquanto o caso segue sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF)