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A Polícia Civil de Mato Grosso concluiu, nesta quarta-feira (4), o inquérito sobre a morte de Antônio Lopes de Siqueira, de 73 anos, que ganhou R$ 201 milhões na Mega-Sena em novembro de 2024. O pecuarista morreu 24 dias após receber o prêmio, durante um tratamento odontológico em Cuiabá. O dentista responsável foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Segundo o inquérito, o procedimento foi realizado sem o monitoramento adequado dos sinais vitais do paciente, como uso contínuo de oxímetro e monitor cardíaco. A anamnese foi considerada insuficiente, feita apenas com marcações em formulário padrão. Além disso, a clínica não possuía estrutura mínima de emergência, como desfibrilador ou suporte avançado de vida.
A investigação apontou ainda que foi utilizada alta dosagem de anestésico, sem considerar o histórico de saúde de Antônio, que era cardíaco, hipertenso e diabético. Não houve avaliação cardiológica prévia por profissional capacitado. Diante de uma reação adversa, a equipe odontológica não conseguiu prestar o atendimento eficaz e o paciente foi liberado com acompanhamento clínico precário, agravando a situação ainda na recepção da clínica.
O delegado responsável pelo caso destacou que houve violação do dever de cuidado e inobservância de normas técnicas elementares na odontologia Isso contribuiu diretamente para a morte do paciente. O inquérito foi encerrado com o indiciamento do dentista por homicídio culposo, com agravante por inobservância técnica de profissão. O nome do profissional não foi divulgado. Agora, o Ministério Público irá analisar se apresenta denúncia contra o dentista.
A polícia afirmou que não há indícios de que a morte de Antônio tenha relação com o prêmio da Mega-Sena. O pecuarista ganhou sozinho o concurso 2.795, realizado em 9 de novembro de 2024. Ele retirou o prêmio de R$ 201.963.763,26 dois dias depois. Ele deixou quatro filhos e foi sepultado em Jaciara, sua cidade natal.
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