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Seis crianças da Escola Municipal Liberdade, situada em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foram atacadas por um pitbull na manhã desta quinta-feira (22). O incidente ocorreu no momento em que os alunos, pré-adolescentes que estudam entre o 6º e o 9º ano, estavam no pátio da escola, durante o horário de entrada.
Segundo relatos de funcionários da escola e confirmação do Corpo de Bombeiros, o cão da raça pitbull invadiu o espaço escolar e atacou as crianças, causando ferimentos leves principalmente nos pés. As vítimas foram rapidamente socorridas e levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) João XXIII, onde receberam os cuidados médicos necessários e já foram liberadas.
A Secretaria Municipal de Educação informou que o Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais foi acionado para recolher o animal. O cão foi levado para o centro, onde será castrado, vacinado e submetido à leitura de microchip para tentar identificar seu tutor.
O secretário de Proteção Animal do Rio de Janeiro, Luiz Ramos Filho, destacou que a prefeitura está prestando todo o apoio às crianças feridas e reforçou o alerta sobre o abandono de animais, especialmente da raça pitbull, que tem aumentado na cidade. “Se o animal for microchipado, será possível localizar o tutor. Temos recebido muitas denúncias de animais abandonados, principalmente pitbulls, que colocam em risco a vida de outras pessoas. O abandono de animais é crime, com pena de dois a cinco anos de prisão”, afirmou.
O ataque na Escola Municipal Liberdade não é um caso isolado. Nos últimos anos, o Rio de Janeiro tem registrado diversos incidentes envolvendo cães da raça pitbull e outras raças consideradas potencialmente perigosas, muitas vezes relacionados ao abandono e à falta de controle dos tutores.
Em 2023, por exemplo, uma criança de 8 anos foi atacada por um pitbull em uma praça na Zona Norte da cidade, sofrendo ferimentos graves que exigiram cirurgia. O animal, também abandonado, foi capturado pelo Centro de Controle de Zoonoses após o ataque.
Outro caso que chamou atenção ocorreu em 2022, quando um grupo de crianças foi surpreendido por um cão solto em uma escola pública na Zona Sul do Rio. Embora não tenha havido feridos graves, o incidente gerou grande preocupação entre pais e educadores, reforçando a necessidade de políticas públicas mais rigorosas para o controle e proteção dos animais.
Além do atendimento imediato às vítimas, a Secretaria Municipal de Saúde orienta que as crianças feridas tomem a vacina antitetânica na Policlínica Lincoln de Freitas Filho, para evitar complicações futuras.
A Prefeitura do Rio tem intensificado ações de fiscalização e campanhas educativas para conscientizar a população sobre a guarda responsável de animais e os riscos do abandono. O Centro de Controle de Zoonoses atua não só no recolhimento de animais soltos, mas também na promoção da castração e vacinação, medidas essenciais para controlar a população de cães e evitar novos ataques.
O secretário Luiz Ramos Filho faz um apelo à população para que não abandone os animais e denuncie casos de maus-tratos e abandono. “O abandono não só coloca em risco a vida das pessoas, mas também a dos próprios animais. É fundamental que todos façam sua parte para garantir uma convivência segura e saudável entre humanos e animais”, concluiu.