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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu entrevista nesta sexta-feira (16) ao canal AuriVerde Brasil, na qual afirmou que não pretende deixar o Brasil, mesmo diante da possibilidade de ser preso. “Me prendam, não vou sair do Brasil, vou morrer na cadeia”, declarou. Bolsonaro tem 70 anos e ressaltou que já passou por cirurgia grave, afirmando que não sabe até quando vai resistir.
Bolsonaro é réu em processo que investiga sua participação em uma trama golpista armada em 2022, que teria como objetivo impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é acusado de diversos crimes graves, como:
Liderar organização criminosa armada;
Tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito;
Golpe de Estado;
Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público;
Deterioração de patrimônio tombado.
A pena prevista pode ultrapassar 40 anos de prisão.
Na entrevista, Bolsonaro chamou o julgamento de “golpe da Disney”, ironizando a acusação e comparando os envolvidos a personagens da Disney, como Pateta, Minnie e Pato Donald. Ele também reiterou que não poderia ter participado diretamente do golpe do dia 8 de janeiro de 2023, pois estava nos Estados Unidos na época, argumento que é central para sua defesa jurídica.
O ex-presidente criticou o que chama de “ativismo judicial” e citou a condenação da deputada Carla Zambelli por invasão ao sistema do CNJ como exemplo de perseguição política. Também mencionou o processo contra o deputado Alexandre Ramagem, outro réu na denúncia da trama golpista.
Bolsonaro falou sobre sua gestão no setor agropecuário, destacando ter dado “segurança jurídica” e enfraquecido o MST. Sobre a fraude no INSS, admitiu que pode ter havido corrupção durante seu governo, mas afirmou que os maiores beneficiados foram sindicatos, negando ter recebido dinheiro deles.
Ele também comentou rumores sobre a possibilidade de pedir asilo político para evitar prisão, negando que tenha planos concretos, mas sem descartar a ideia completamente.
O julgamento da denúncia contra Bolsonaro está em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Ministros já afirmaram que não é necessário que o acusado estivesse presente no dia 8 de janeiro para ser responsabilizado, desde que tenha contribuído para o episódio.
Bolsonaro tem adotado diversas estratégias jurídicas para evitar condenação, incluindo pedidos de anistia para os envolvidos no 8 de janeiro.