Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
O ataque de onça-pintada causou a morte do caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, conforme revelou laudo necroscópico divulgado esta semana. Primeiramente, o documento elaborado pelo Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana aponta mordida fatal na cabeça da vítima como causa determinante do óbito.
O trágico incidente ocorreu em 21 de abril, às margens do rio Miranda, no Pantanal sul-mato-grossense. Consequentemente, este caso reacendeu debates sobre a convivência entre humanos e grandes predadores na região pantaneira.
“O laudo é conclusivo quanto à causa da morte”, afirmou o Instituto Médico Legal de Mato Grosso do Sul. Além disso, a análise descarta completamente qualquer participação humana no evento fatal.
O documento técnico aponta choque neurogênico agudo como causa mortis do caseiro. Indiscutivelmente, esta condição grave ocorre quando há falha na comunicação entre cérebro e corpo, geralmente devido a lesões severas nestes órgãos.
No caso específico, o choque foi provocado por trauma forte na cabeça, característico de ataque de predador de grande porte. Ademais, as marcas encontradas no corpo são compatíveis com o método de caça típico da onça-pintada, que ataca com mordida direta na lateral do crânio.
“As onças-pintadas têm um comportamento predatório específico”, explica Dr. Fernando Azevedo, biólogo do Instituto Pró-Carnívoros. Entretanto, ataques a humanos são considerados extremamente raros na região pantaneira.
O laudo revela detalhes impressionantes sobre os momentos finais da vítima. Inicialmente, foram identificados ferimentos defensivos no braço direito do caseiro, indicando que ele estava consciente no início do ataque e tentou resistir.
“Os ferimentos vitais comprovam que a vítima ainda estava viva no momento do primeiro contato”, destaca o documento. Por conseguinte, o corpo apresentava sinais de ter sido arrastado após o ataque, com vestígios de sangue e fragmentos de tecido encontrados no pesqueiro.
A análise pericial detectou ausência de partes significativas do corpo, incluindo:
Portanto, os legistas também identificaram ferimentos profundos e marcas de pancadas compatíveis com mordidas do felino. No entanto, alguns danos ocorreram após a morte, já que órgãos internos e grandes massas musculares estavam ausentes, caracterizando predação post-mortem.
A investigação do caso ainda não está concluída, conforme informou o delegado regional de Aquidauana. Certamente, faltam resultados de exames complementares para fechar o inquérito policial.
“Ainda aguardamos os laudos do local e do perfil genético da onça”, explicou ao g1 MS o delegado Amylcar Eduardo Paracatu. Efetivamente, amostras das fezes do animal capturado já foram coletadas para análise.
“Nas fezes foram encontrados ossos e cabelos”, acrescentou o delegado. Todavia, ele ressalta que não há confirmação se são vestígios humanos sem os resultados laboratoriais: “Não podemos afirmar que se trata de vestígios humanos sem laudos.”
A onça-pintada capturada após o incidente segue em tratamento no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande. Finalmente, o último boletim divulgado pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, no início deste mês, indica estabilidade no quadro de saúde do animal.
“Ativo, principalmente no período noturno – comum para a espécie – e se alimentando adequadamente, o animal está alerta e consciente”, informa o comunicado oficial. Até o momento, não foram divulgadas novas informações sobre seu estado clínico ou destino futuro.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) ainda avalia qual será o destino do felino após sua recuperação. Com efeito, especialistas debatem se a reintrodução na natureza seria segura ou se o animal deverá permanecer em cativeiro.
O caso trágico reforça a necessidade de medidas preventivas em regiões de convivência com grandes predadores. A Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul recomenda:
“A coexistência com a fauna silvestre exige conhecimento e respeito”, destaca o professor Dr. Ricardo Machado, biólogo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Evidentemente, a preservação das onças-pintadas é fundamental para o equilíbrio do ecossistema pantaneiro.