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Os profissionais da educação de Pernambuco aprovaram por unanimidade o acordo de reajuste salarial negociado entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) e o governo estadual. A decisão foi tomada durante assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (24).
O acordo estabelece um reajuste de 8,38% para os professores da rede estadual, atendendo a uma das principais reivindicações da categoria. Para os analistas e administrativos, incluindo o pessoal de apoio escolar, foi aprovado um aumento linear de 6,27%.
Segundo o acordo firmado, o pagamento dos novos valores salariais será implementado em junho de 2025 para todos os servidores da educação. Os valores retroativos referentes ao período de janeiro a maio, para os profissionais que estavam recebendo abaixo do Piso Salarial, também serão quitados na mesma data.
“O acúmulo da nossa luta, nosso diálogo com a sociedade e a pressão dessa categoria conquistou um bom resultado, uma boa negociação”, declarou Ivete Caetano, presidenta do Sintepe, destacando a importância da mobilização coletiva para o resultado positivo.
Um avanço significativo nas negociações foi o destravamento da progressão nas faixas salariais dos profissionais da educação. O governo acatou a reivindicação do Sintepe para alterar os interstícios, que são os intervalos onde ocorrem aumentos nos salários dos servidores.
Entre as faixas A e B, o percentual de aumento passará de 1% para 1,5%. Já entre as classes I e II, a mudança será de 2% para 2,5%. Nas faixas C e D e nas classes III e IV, os interstícios permanecerão com os valores atuais.
Estas alterações, embora não atendam integralmente às expectativas do sindicato, representam um avanço na mobilidade da carreira para os profissionais da educação pernambucana.
Outro ponto importante do acordo é a reorganização da flexibilidade da carga horária para analistas e servidores administrativos. A partir de agora, esses profissionais poderão optar por jornadas entre 30 e 40 horas semanais, conforme sua preferência e necessidade.
Esta medida busca atender às demandas específicas desses servidores, garantindo melhor qualidade de vida e condições de trabalho mais adaptáveis às suas realidades pessoais.
Um ponto que permanece em discussão entre o sindicato e o governo é a progressão por desempenho nas faixas salariais. O Sintepe não aceita a vinculação da progressão profissional à avaliação do desempenho dos estudantes.
“Para avaliar o desempenho dos estudantes há um conjunto de responsabilidades que não são somente dos professores, mas da sociedade e do governo. Merenda ruim influencia no desempenho dos estudantes. Calor em excesso influencia no desempenho dos estudantes”, explicou Ivete Caetano.
Ficou acordado que o projeto de lei de reajuste seguirá com o descongelamento das progressões de desempenho, mas os critérios específicos serão definidos posteriormente em negociações entre o sindicato e o governo estadual.
As pautas relacionadas à infraestrutura das unidades de ensino, como melhorias na merenda escolar e climatização das salas de aula, continuarão sendo discutidas nas próximas rodadas da Mesa de Negociação entre o Sintepe e o governo de Pernambuco.
“Vamos continuar unidos e unidas, lutando pela escola pública, pela valorização dos trabalhadores e trabalhadoras em educação e por investimentos na educação, já que a grande maioria dos jovens pernambucanos estudam nas escolas estaduais”, afirmou a presidenta do sindicato.
O acordo representa um avanço nas relações entre o governo estadual e os profissionais da educação, mas o sindicato reforça que seguirá atento às demais demandas da categoria, considerando a qualidade da educação pública como “um dos elementos mais importantes no desenvolvimento de nosso Estado”.